sábado, 20 de agosto de 2011

13/07 Arte Gótica

O estilo Gótico desenvolveu-se na Europa, principalmente na França, durante a Baixa Idade Média e é identificado como a Arte das Catedrais. A partir do século XII a França conheceu transformações importantes, caracterizadas pelo desenvolvimento comercial e urbano e pela centralização política, elementos que marcam o início da crise do sistema feudal. 

A Arte Gótica reflete o desenvolvimento das cidades. Porém deve-se entender o desenvolvimento da época ainda preso à religiosidade, que nesse período se transforma com a escolástica, contribuindo para o desenvolvimento racional das ciências, tendo Deus como elemento supremo. Dessa maneira percebe uma renovação das formas, caracterizada pela verticalidade e por maior exatidão em seus traços, porém com o objetivo de expressar a harmonia divina.



O estilo gótico predominou na construção de edifícios religiosos e seculares, na escultura, na decoração com os vitrais, em iluminuras manuscritas e em todas as artes decorativas, desde cerca de 1140 d.C. até ao final do século XVI. Originalmente, o termo “gótico” era usado pelos escritores do Renascimento italiano para designar a arte e a arquitetura consideradas bárbaras e que sucederam, na Idade Média, o antigo estilo românico. 

A característica mais distintiva da arquitetura gótica é o seu tipo de abóbada, feita em arcos cruzados, que, em combinação com arcos transversais, se apóiam nas colunas de alvenaria que suportam a abóbada. Embora as igrejas góticas tivessem, desde logo, assumido uma grande variedade de formas, a construção de uma série de grandes catedrais no norte da França, iniciada na segunda metade do século XII, tirou proveito da nova abóbada gótica. 



O plano geral das catedrais, porém, que consiste basicamente em três longas naves, interceptadas por um transepto, por um coro e por um altar-mor, difere muito pouco do antigo estilo românico. A  Igreja do Templo, em Londres, e o Batistério e a Torre de Pisa, são excelentes exemplares do estilo românico. 

A escultura gótica desenvolveu-se paralelamente à arquitetura das Igrejas e está presente nas fachadas, tímpanos e portais das catedrais, que foram o espaço ideal para sua realização. Caracterizou-se por um calculado naturalismo que, mais do que as formas da realidade, procurou expressar a beleza ideal do divino; no entanto a escultura pode ser vista como um complemento à arquitetura, na medida em que a maior parte das obras foi desenvolvida separadamente e depois colocadas no interiro das Igrejas, não fazendo parte necessariamente da estrutura arquitetônica.




Porta do Sarmental, Catedral de Burgos



Pilar dos Anjos, Catedral de Estrasburgo

A princípio, as estátuas eram alongadas e não possuíam qualquer movimento, com um acentuado predomínio da verticalidade, o que praticamente as fazia desaparecer. A rejeição à frontalidade é considerado um aspecto inovador e a rotação das figuras passa a idéia de movimento, quebrando o rigorismo formal.
As figuras vão adquirindo naturalidade e dinamismo, as formas se tornam arredondadas, a expressão do rosto se acentua e aparecem as primeiras cenas de diálogo nos portais.

A pintura teve um papel importante na arte gótica pois pretendeu transmitir não apenas as cenas tradicionais que marcam a religião, mas a leveza e a pureza da religiosidade, com o nítido objetivo de emocionar o expectador. Caracterizada pelo naturalismo e pelo simbolismo, utilizou-se principalmente de cores claras.


No seu conjunto, a fachada gótica divide-se em três partes horizontais: a inferior ou base, onde estão as três portas ou entradas do templo; a porta central, maior do que as laterais. Nas portas, que apresentam forma ogival, podem distinguir-se as arquivoltas, muito trabalhadas e esculpidas.
O gótico caracteriza-se pelo intenso trabalho feito pelos construtores na pedra, usando o malho e o cinzel. Também os vãos são emoldurados e esculpidos. Existem também pequenas capelas com colunas góticas, esbeltas e finas, e pináculos e baldaquinos.

A pilastra gótica forma uma espécie de coluna que se eleva a bastante altura, até ao início dos arcos diagonais (ou cruzados) que sustentam a abóbada, e que descem até ao piso adossados (apoiados) no seu fuste. Existem ainda outros elementos secundários ou ornamentais, além  das gárgulas , que compõem o estilo arquitetônico  gótico.Também há presença  das  rosáceas que transmite, através da luz e da cor, o contacto com a espiritualidade e a ascensão ao sagrado.


 Fachada principal da Catedral de Amiens - França 


   Esculturas de um dos portais da Catedral de Notre- Dame de Paris 


  Catedral de Notre- Dame de Paris 



    Catedral de Notre-Dame de Laon, na França


  Entrada  Oeste da  Catedral de Amiens - França 


 Catedral de Metz- França 


 Fachada do sul da Catedral de Notre-Dame de Chartes  


  Igreja de Kloster Ebrach em Ebrach- Alemanha 


 Catedral de Saint Paul-  Londres


 Fachada da Abadia de Westminster- Londres 


 Teto da Abadia de Westminster - Londres 





 Interior da Abadia de Westminster- Londres

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